Os animais costumam ser os melhores amigos das pessoas, mas em contrapartida também uma das maiores dores de cabeça dos moradores de um condomínio. Lidar com características, rotinas e personalidade de cada animal e seus donos não é algo muito simples e essa interação chega a causar, algumas vezes, estresse e desentendimentos.
O IBGE afirma, em pesquisa de 2013, que o Brasil é o segundo país com mais cães, gatos e aves ornamentais do mundo.
De acordo com um levantamento feito pela revista Veja, cães circulando em áreas coletivas do condomínio e latindo durante a madrugada correspondem a aproximadamente 15% dos conflitos entre moradores.
Segundo a Comissão para Animais de Companhia (COMAC), a expectativa é de que 44% dos lares das classes A, B e C tenham um animal na sua residência.
Mesmo diante de muitas convenções proibirem animais, a Justiça vem dando ganho de causa a pessoas com animais que não representem perigo e incômodo aos condôminos.
O regulamento não pode determinar que os moradores transitem com seus pets no colo. Além disso, o condomínio não pode restringir raças específicas nem o porte de determinados animais, desde que eles não interfiram no bem-estar da comunidade.
Os problemas mais frequentes relacionados aos animais em condomínios têm como referência o elevado e consistente barulho, a utilização das áreas comuns e a segurança, quando se tratam de animais de tamanho grande ou de raças consideradas agressivas. Há também reclamações referentes ao mau cheiro.
Quando os moradores transitam com seus animais por ambientes proibidos e deixam seus animais latindo o dia todo sozinhos nas instalações, é comum que quem se sinta incomodado com essas infrações ao regulamento interno faça um registro no livro de ocorrências ou acione a pessoa responsável pelo condomínio.
Nessas situações, o síndico pode e deve multar os condôminos nos ditames do regulamento interno quando algo extrapolar o que foi combinado previamente.
Para evitar tudo isso, existem várias formas de melhorar o relacionamento entre aqueles que têm animais e os que não têm; muitos condomínios possuem locais específicos para o lazer e a interação dos bichinhos.